Eu
sou imaginativa. Sempre fui. Era aquela criança que não se importava em
brincar sozinha, porque eu tinha meu próprio universo na minha cabeça.
Aos três anos quando já me expressava muito bem, meu cabelo não havia
crescido até a cintura para ser paquita, mas eu amarrava minha fralda na
cabeça, prendia com a tiara e jogava para lá e para cá. Pronto, Eu me
divertia.
Percebo que até hoje trago um pouco
disso. Não raro, meu marido me pergunta: ¨Você é criança?¨. E eu
respondo: ¨Não mexa aí, são para os duendes (depois de ter colocado um
pouquinho de leite na mini xicrinha)¨.
Ah! Deixe- me ser feliz, eu sou assim, que mal há? Pergunto a todos.
E a cozinha? Ahhh se eu tivesse cozinha com fogão à lenha, minhas
fantasias teriam casa certa. Pois cá, num ultra moderno, imagino que sou
um ser a fazer poções e mágicas. Mas o que é o ato de cozinhar senão
uma grande magia, onde temperos e ervas com outros ingredientes
misturam- se e viram algo indescritivelmente bom?!
E enquanto
eu não me desdobro em ser uma sujeita normal, fico cá com minha vida e
panelas a criar receitas de ajoelhar e agradecer a Deus. Pois eu gosto
de viver assim, com prazer e feliz.
Paz e Luz!
Ana
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