E fiquei dias pensando nisso, embora também tenham sugerido que fosse um apanhado das postagens que faço todos os dias no facebook. Mas como essas mesmas postagens já estão no blog, acho que não faria muito sentido, já que o disponibilizo de graça por lá e não penso em fazê- lo de outro modo.
O fato é que o que essas minhas amigas- leitoras ansiam é ter à mão todas essas ideias que parecem aos seus olhos, uma espécie de guia do bem viver.
Mas para ser bem sincera, acho muita pretensão da minha parte disponibilizar um guia do bem viver.
Pensando bem, eu poderia escrever não uma obra de ficção, mas uma obra de mim mesma. Seria o que vocês querem, também um guia do bem viver, se olharmos pelo lado de que sou uma sobrevivente!
Minha história de vida é permeada por tantas situações de superação, não do tipo perda de casa, de dinheiro (a não ser os vinis que vendi à preço de banana e descobri aqui no Rio que são verdadeiramente caros cada um), mas não é mesmo esse tipo de superação.
A minha história de superação é ao contrário do que se espera. É a história de uma menina não- órfã, que ganhou muitos pais e muitas mães e por isso mesmo, muitos problemas para administrar. A história de alguém que transpôs sentimentos e transformou o que estava predestinado a ser uma vida de muitos insucessos à uma estrela de cinema.
Só que não.
Penso que o verdadeiro sucesso que tive na vida foi ter ganhado dignidade e respeito por mim mesma, sem precisar do consentimento de ninguém por isso.
E assim começo o meu primeiro livro.
Dedicado à Silene Costa, Tais Andrade, Graça Lima, Julia Rodrigues, Milena Soeiro, Elizabeth Singer, Lindalva Almeida, Fernanda Marcacini que tiveram a generosidade em me dizer: Escreva um livro.
Em homenagem ao meu blog, eis que inicio:
Ana, minha vida nesta vida.
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