terça-feira, 14 de maio de 2013

Dia 376- Colégio Santíssimo Sacramento: Sacramentinas

Ontem eu conheci a Sociedade Viva Cazuza ( é aqui pertinho da minha casa, mas gostaria de lhes falar disso em outro momento, faz parte de um outro plano), lá soube de uma escola particular que permite que as crianças da Sociedade estudem de graça, isso contribui para filosofia do Colégio que tem como foco em ensinar os seus alunos a aprenderem e respeitarem as diferenças, além de dividir o que tem e o que podem. A escola sai desse modo, da teoria para a prática.

Chegando em casa, fui pesquisar mais sobre ela e fiquei tão encantada com o que fazem lá, as vivências de proteção ambiental, procuram reciclar tudo, os alunos doam suas roupas para quem não pode comprar novas roupas, enfim, uma série de coisinhas, que decidi: É aqui que quero que meu filho seja educado. A escola chama- se Luiza Abranches, fica próxima a minha casa e disputa com as consagradas e charmosas escolas francesas e alemã do bairro, mas prefiro um filho que olhe mais pelo outro, apesar de achar lindo os ternos finamente engomados e ver os alunos conversando em uma segunda língua na saída da aula.

Eu tive uma excelente educação em casa e sobretudo na escola. Passei toda a vida em colégio de freiras, freiras tão rígidas quanto amorosas. Ahhh as Irmãs Sacramentinas, quantas vezes trouxeram- me leite quente com um punhadinho de sal, quando minha pressão (que até hoje teima) caía; O cuidado que tiveram em enxugar as minhas lágrimas quando terminei com o primeiro namorado no colegial; O abraço e o beijo todos os dias para nos receber antes de entrar na sala; O chocolate e alguma lembrancinha na cadeira de cada um na Páscoa e no dia do estudante e o carinho dos professores. Tenho tantas, tantas boas lembranças...

Se eu morasse em Salvador, o filho (a) que sonho ter, estudaria lá com certeza, apesar de achar que o excesso de cuidado que as freiras e os professores tem conosco, não nos preparam para a vida. Iludem- nos. Acabamos achando que seremos para sempre guardados, que somos intocáveis, vemos nos outros a doçura que é desde o porteiro à direção da escola e que muitas vezes não encontramos na vida fora dos imensos portões dessa minha escola que é puro amor.

Hoje expresso toda a minha saudade do Sacramentinas e dos professores que encontrei lá e aqui representada por minha mestra, Graça Borges e por muitos colegas de classe que são amigos até hoje: Eli Borges, Marlucci Figueredo Manzini, Maíra, Eliseu, Tito, André...

Obrigada por tudo!

Ana

Na foto: O Colégio que fui educada, o Sacramentinas.

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