Dia 22- O guardador de cartas

Hoje abri minha caixinha de cartas, caixinha que tenho desde os 10 anos e guardo preciosas cartas que tem mais tempo que isso.

Tem cartas das minhas sobrinhas quando pequenas, porque hoje elas escrevem e-mails!

Bonitinhos manuscritos com seus desenhos de bichinhos e adesivos, terminados com anagramas em geral com meu nome a dizer que sou inteligente,amorosa e legal e depois disso um grande eu te amo. Era e é muito bom ler isso.

Há cartas trocadas na infância com minhas primas Sú e Dani.

Cartas até da minha ex- melhor amiga T, aliás muitas dela, guardadas com o mesmo carinho de sempre para lembrar-me da época que ela era doce e gentil e para que eu não esqueça que a amizade que eu devotava a ela não era em vão e que não é minha culpa de que ela tornou-se o que é hoje.

Há papéis com observações elogiosas da escola para com a minha pessoa e folhas de jornal dos concursos do cefet e vestibulares, conservadas primeiramente por minha mãe para provar que sou uma garotinha inteligente.

Não, não há cartinhas de ex-namorados ou ex- pretendentes, jogados no lixo à muito, muito tempo, isso atrasa a vida meninas, nada de guardar lembrancinhas desse tipo (nem presentes valem), dêem espaço para o novo aparecerem pra vocês.

Há ainda cartões com felicitações de aniversário e casamento, muitos deles, tenho que arrumar uma caixa maior agora!

Mas meu bem mais precioso é esse:

Uma benção ser filha de alguém assim.

Amo-te muito também Pai!

Anna