Eis o livro causador de minha insônia.
Eis o livro da minha vida!
São 947 páginas. Eu ainda não o terminei.
Mas cheguei ontem à folha 434 e quem chega a esse total do livro, já sofrendo o que irá fazer quando ele terminar, já podem imaginar do quanto especial ele é.
O último livro, muito parecido com esse, tão bíblia quanto, que tive essa mesma sensação foi com o mais clássico do Japão: Musashi.
Mas esse meus amigos, conta a nossa história, nua e crua e a mais verdadeira.
É sobre o Brasil colônia, escravocrata, sob o ponto de vista- dos escravos. De uma escrava: Kehinde. Ela é a minha nova heroína.
Não é ficção, embora tenha acréscimos da autora, os fatos são todos reais.
Ainda mais profundo: É sobre mim e você.
A história se passa na África, em muitos bairros em Salvador, aqui no Rio, no Maranhão.
Eu ainda estou na fase de Salvador.
Há momentos de choro de soluçar, outros de profunda felicidade, há catarse e mudanças em mim se processando, ideias surgindo, vontade de fazer mais, muito mais pela Bahia.
Há tanta coisa que eu gostaria de lhes contar, mas não há mesmo como escrever tudo aqui.
Estou organizando um grupo de estudo, pois há muito o que discutir.
E durante o grupo, pensar no que poderemos fazer.
O que posso adiantar é sobre o título: Um defeito de cor. A autora diz que os descendentes negros (eu e você que está lendo) estão sempre se desculpando pelo "seu defeito de ser negro". Alisando seu cabelo enrolado, modificando o corpo, mudando hábitos, desvalorizando a raça.
Não tem como fazer essa leitura e não assumir culpa por isso.
É engraçado perceber que com o tempo e embranquecimento da pele que minha família foi sofrendo com a miscigenação (vixe Maria, que irão me matar, porque se acham brancos, muito brancos), eu olhava tudo sob o ponto de vista do dominador, com discursos como: É...nós brancos fizemos muita bobagem no passado.
"Nós brancos" kkkkkkkkkkkkkkk, hoje rio, ora pois, não era assim.
Pois já disse que minhas características denunciam, como a todos nós baianos aparentemente branco, pardo ou mulato, "moreninho", negro claro, negro escuro, cor de jambo ou qualquer cor a mais que as pessoas se classificam, somos todos descendentes dessas mulheres e homens ultrajados nessa terra e que são renegados por nós todo o tempo.
O livro além de contar como tudo se sucedeu no Brasil, é um prato cheio de cultura a explicar nomes, termos que tanto escutamos na Bahia, no dia a dia, na música. Termos que nunca entendia ou achava que sabia.Entender como que na Bahia por um triz não somos hoje muçulmanos e não falamos árabe.
E ainda, desmitifica o candomblé, o livro explica! E aí a gente entende como é lindo, lindo, lindo, lindo...
Ana Maria Gonçalves, a autora, é agora minha preferida, tenho assistido vídeos, lido e escutado tudo que ela diz e o livro já tem seu lugar de destaque nessa casa.
Agradecimento profundo ao meu amigo Tom, que me educa, que me ensina, que compartilha, que apresentou- me esse livro. Você é um dos meus bons amigos que quero sempre ter por perto, porque nessa vida tenho sede de conhecimento e a pior morte é morrer com e pela ignorância.
Eis o livro da minha vida!
São 947 páginas. Eu ainda não o terminei.
Mas cheguei ontem à folha 434 e quem chega a esse total do livro, já sofrendo o que irá fazer quando ele terminar, já podem imaginar do quanto especial ele é.
O último livro, muito parecido com esse, tão bíblia quanto, que tive essa mesma sensação foi com o mais clássico do Japão: Musashi.
Mas esse meus amigos, conta a nossa história, nua e crua e a mais verdadeira.
É sobre o Brasil colônia, escravocrata, sob o ponto de vista- dos escravos. De uma escrava: Kehinde. Ela é a minha nova heroína.
Não é ficção, embora tenha acréscimos da autora, os fatos são todos reais.
Ainda mais profundo: É sobre mim e você.
A história se passa na África, em muitos bairros em Salvador, aqui no Rio, no Maranhão.
Eu ainda estou na fase de Salvador.
Há momentos de choro de soluçar, outros de profunda felicidade, há catarse e mudanças em mim se processando, ideias surgindo, vontade de fazer mais, muito mais pela Bahia.
Há tanta coisa que eu gostaria de lhes contar, mas não há mesmo como escrever tudo aqui.
Estou organizando um grupo de estudo, pois há muito o que discutir.
E durante o grupo, pensar no que poderemos fazer.
O que posso adiantar é sobre o título: Um defeito de cor. A autora diz que os descendentes negros (eu e você que está lendo) estão sempre se desculpando pelo "seu defeito de ser negro". Alisando seu cabelo enrolado, modificando o corpo, mudando hábitos, desvalorizando a raça.
Não tem como fazer essa leitura e não assumir culpa por isso.
É engraçado perceber que com o tempo e embranquecimento da pele que minha família foi sofrendo com a miscigenação (vixe Maria, que irão me matar, porque se acham brancos, muito brancos), eu olhava tudo sob o ponto de vista do dominador, com discursos como: É...nós brancos fizemos muita bobagem no passado.
"Nós brancos" kkkkkkkkkkkkkkk, hoje rio, ora pois, não era assim.
Pois já disse que minhas características denunciam, como a todos nós baianos aparentemente branco, pardo ou mulato, "moreninho", negro claro, negro escuro, cor de jambo ou qualquer cor a mais que as pessoas se classificam, somos todos descendentes dessas mulheres e homens ultrajados nessa terra e que são renegados por nós todo o tempo.
O livro além de contar como tudo se sucedeu no Brasil, é um prato cheio de cultura a explicar nomes, termos que tanto escutamos na Bahia, no dia a dia, na música. Termos que nunca entendia ou achava que sabia.Entender como que na Bahia por um triz não somos hoje muçulmanos e não falamos árabe.
E ainda, desmitifica o candomblé, o livro explica! E aí a gente entende como é lindo, lindo, lindo, lindo...
Ana Maria Gonçalves, a autora, é agora minha preferida, tenho assistido vídeos, lido e escutado tudo que ela diz e o livro já tem seu lugar de destaque nessa casa.
Agradecimento profundo ao meu amigo Tom, que me educa, que me ensina, que compartilha, que apresentou- me esse livro. Você é um dos meus bons amigos que quero sempre ter por perto, porque nessa vida tenho sede de conhecimento e a pior morte é morrer com e pela ignorância.
Paz e Luz, meus amigos!
PS: É muito amor, muito amor por vocês em não fazer o que minhas mãos coçam a tentar-me: Colocar trechos lindos ou outros fortes dele. Mas para não acabar a surpresa de quem irá entregar-se, fico na minha só esperando pelo grupo de estudo! Emoticon heart
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