terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dia 45- Minha busca religiosa


Eu precisava ter uma religião, era uma questão de sobrevivência, ideologia, aprendizado. Precisava encontrar algo que respondesse todos os meus questionamentos. E parecia mesmo que a vida facilitava pra mim, afinal nasci em meio católico, só estudei em colégio católicos, a ver: Nossa Senhora Pérpetuo do Socorro, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e muito embora gostasse de verdade de todo aquele ambiente austero e disciplinado, além de amar as adoráveis irmãs que passaram por minha vida, o catolicismo não respondia as minhas perguntas. E eu não era do tipo que critica as determinações da igreja, dos sacerdotes, os ritos, eu só queria saber quem era escolhido para ir pro céu, quem determinava isso e como era o inferno, vá saber se eu fosse parar lá, entenderam minha necessidade? O que era preciso na minha visão infantil fazer para merecer viver com os anjos.
Busca ali, procura daqui, frequenta acolá, aceita convite de alguém, nada, nada preenchia minha alma, comecei a entrar em crise, não era possível que havia uma só que acalmasse meu coração, eu precisava de um rótulo, eu precisava sentir que fazia parte de alguma coisa, o rótulo de católico não me servia mais e eu não encontrava outro para pôr no lugar. O de protestante não me assentava, o de muçulmano, nem cogitei, pois nem havia um lugar em minha terra que eu pudesse frequentar, o de ateu me repugnava, o de espírita, eu até tentava considerar, mas resquícios de uma educação cheia de desconfianças quanto a essa “seita”, apavorava- me deveras, posso lembrar das primeiras tentativas de ida a doutrinária e meu irmão atrás a dizer: “Quem procura acha” e lá ía eu cheia de medos de ver um espírito a me espreitar na porta do centro. Acreditem, não foi fácil, uma luta interna grandiosa começava dentro de mim, porque ao final, a doutrina espírita começava a responder as minhas perguntas, mesmo aqueles que pareciam não ter respostas. E foi somente aos 25 anos, que entreguei- me apaixonadamente a essa doutrina que chamo de amor e que faz- me refletir e cobrar- me todos os dias, de hoje ser melhor que ontem e amanhã melhor que hoje. Esse é o meu olhar. A busca é de cada um, o gosto também, é importante ter uma religião, é importante seguir Deus, é importante nos educar constantemente.

Beijos religiosos

Anna

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