Emoticon heartHá quem tem vergonha de assumir que leu (e que gosta), há quem critique e diz ser literatura de quinta e inconforma-se dele ocupar cadeira na Academia de Letras e há quem ama e nutre, assim como eu, profunda gratidão aos livros e ao autor Paulo Coelho.
Ahhh, é que ler Paulo é como ler Clarice (hãn, engasgou?). Pois te provo! Pode achar que a Lispector tem linguagem muito mais rebuscada que a do Coelho e que por essa razão, bem mais respeitável.
Meus amigos, os dois tem algo muito importante em comum: Para ler a literatura de ambos, tem que ser humano da melhor qualidade. São nas entrelinhas do livro de Clarice que compreendemos a psicologia do universo do cotidiano de uma personagem. Quem leu “A hora da estrela” sabe. Assim também procede com os livros de aclamado autor. Não compreendeu ainda o que quero dizer?
Explico: Os livros de Paulo Coelho possuem uma linguagem bem simples. O mais ignorante lê. Mas nem todos irão entender. Pois não irão. Para entender Paulo e Clarice exige que tenha uma sensibilidade muito grande e quem não tem essa qualidade logo desiste e desqualifica os autores ao invés da grandeza de assumir: Isso não é para mim, pois não alcanço.
Comecei a ler os livros dele aos doze anos e reli muitas e muitas vezes e todas parecem ser um livro novo, porque a cada ano experimento um sentimento que aquela velha idade não permitia maturidade suficiente para compreender.
Aprendi muito sobre ética, sobre sofrimento humano e ter compaixão, aprendi sobre magia (não, não sou uma maga, quem me dera! Mas se lesse ao invés de rir e desdenhar como está a fazer agora, já teria percebido que a própria vida é recheada de instantes mágicos e saber reconhece-los é um passo muito importante em teu próprio benefício para alcançar sua felicidade).
Os livros são mesmo muito mais sérios do que possa imaginar.
Estou relendo Brida, por conta de uma paciente. Pois que achei a personagem na forma encarnada. Eu mesma queria ser Brida. Livre como Brida, intensa como ela, corajosa como ela e ser bruxa. É por causa de Brida que nutro profundo desejo de aprender tarô há mais de vinte anos.
“O alquimista”, “O diário de um mago”, “Maktub”, “O manual do guerreiro da luz” foram livros que me educaram muito e talvez deva a eles a profissão que tenho hoje.
“Na margem do rio Piedra, eu sentei e chorei” mudou muito minha perspectiva do olhar e foi importante, muito importante em determinado momento da minha vida. Na margem é meu livro favorito, emocionei-me muitas vezes com ele, aprendi muita coisa com ele (Ah, foi com ele que compreendi o que acontece durante a oração carismática na igreja católica) e ainda me emociono e aprendo.
Se depois de toda essa resenha, não mudar seu olhar sobre Paulo Coelho, não sei o que fazer com você! Rsrsr!!
Desejo-lhes Paz e muita Luz, meus amigos! Tenham excelente dia!
Na foto: O autor em minha biblioteca!


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