CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Para começar bem o ano, não podemos esperar pelos dias futuros e as
surpresas que esperamos que eles tragam. Para começar bem o ano,
precisamos nos modificar para que os dias futuros sejam realmente bons.
Observando a mim mesma e aos muitos pacientes que atendo, a bem da
verdade, a maioria deles, percebo as marcas geradas pelos
relacionamentos com o pai e com a mãe.
Para alcançar o verdadeiro equilíbrio que almejamos, essa tríade tem
que estar bem resolvida, senão é certa a repetição do padrão de
comportamento que tanto criticamos do genitor e/ ou genitora.
Posso falar disso sem medo, pois também não fujo a regra. Tive e tenho
pais maravilhosos, mas esses que me refiro, são meus pais de criação e
por mais que gostamos de dizer: ¨Pais são aqueles que criam¨, na
Iridologia, por mais amor que tenhamos tido ao sermos criados por
outros, sejam tios, avós, desconhecidos, não foram os nossos pais que
nos criaram. O corpo físico não recebeu o afeto, o alisamento, a carícia
dos que geraram e isso...gera bloqueios.
A grande maioria das
pessoas tiveram convívio direto com seus pais- genitores, mas
principalmente as gerações mais antigas não tiveram pais afetuosos no
toque, no abraço, no aconchego do colo. Filhos de uma época em que para
ter respeito, os pais distanciavam- se com receio dos filhos ¨tomarem
conta¨! Foi a forma que foram criados e repetiram desse modo, parte
dessa criação, gerando insegurança, problemas emocionais e doenças
físicas em seus descendentes.
Os pais repetem ações dos nossos
avós, que por sua vez repetem ações dos nossos bisavós... nós repetimos
as ações dos nossos pais. Criticamos, julgamos e acabamos sendo
iguais...
Observem...observem...
Vejam com um olhar
sincero, dentro do campo familiar, como coisas realmente parecidas
acontecem aos pais e seus filhos, aos seus pais, a você...
Quanto mais tentamos nos dissociar, quanto mais tentamos ser diferentes...nos aproximamos...
Um teólogo alemão, Bert Hellinger, mais tarde quando tornou- se
psicanalista, desenvolveu uma técnica chamada: Constelação Familiar.
Eu não vou me aprofundar nela aqui, pois há muito o que dizer. Essa
técnica é uma das minhas sugestões de tratamento, quando percebo que
algum paciente tem uma relação confusa, dramática, desastrosa com seus
antepassados.
O que quero ensinar nesse momento é um exercício
que pode ser feito em casa. Vai lhes parecer uma imensa bobagem, até
você começar a fazer e perceber como coisas a sua volta, como dentro de
você, mudanças profundas começam a tomar forma.
Afirmo: Se não
há reconciliação verdadeira quanto o que sente em relação aos seus pais,
nada vai para frente. E você começará a ver na sua própria vida, na sua
relação com seus filhos, na sua relação com seus cônjuges, as mesmas
situações vividas entre você e seus pais e entre seu pai com sua mãe.
A função desse simples exercício é quebrar essa espécie de karma e dar novo rumo e novo caminho ao seu próprio destino.
Coloque uma foto do seu genitor ou genitores ou qualquer outra pessoa que precise se reconciliar.
Todos os dias, faça o movimento de reverência e diga: ¨Eu reverencio
Você _________(diga o nome da pessoa ou pessoas), porque sei que fez o
melhor que podia fazer por mim, com suas limitações de ser humano e
agradeço, porque sei que fez o melhor que podia, o melhor que lhe cabia
naqueles momentos.
Sim, no início é bem difícil, mas ao longo
do tempo, percebemos que ficamos mais tolerantes, com mais compaixão e
ainda que não quiser convivência com tal pessoa (porque a constelação
não muda o ser que temos dificuldade, muda o olhar que temos sobre ele
(a) ), ao menos, seguimos a vida, sem a mágoa que nos prende o
pensamento, sem a mágoa que nos fere, sem a mágoa que nos adoece, sem a
dor que nos atrapalha e quebramos o destino de sermos iguais, enfim...
Vida que segue...
Na foto: As irmãs que são minhas mães: Dalci e Ivone e minha avó Alcina. São elas que recebem as minhas reverências.
Amar para sermos amados
Perdoar para sermos perdoados
Compreender para sermos compreendidos
É dando que se recebe...
Paz e Luz pessoinhas que eu amo, Paz e Luz!
Ana Lôbo Lima
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